quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Oh, valha-me Deus....


A hora das refeições com a Laura é sempre para morrer. A catraia fala, fala, fala e comer que é bom, fica para amanhã. As pessoas já terminaram a refeição há séculos e lá continua ela, heróica no seu posto, ainda com o prato cheio, a falar, a cantar ópera, e a tentar negociar o que fica a ganhar ranço cá fora e o que vai entrar no nobre circuito digestivo de sua alteza.

Eu e ele: Laura, agora, não podes falar, tens que comer. E só depois de teres comido tudo é que podes voltar a falar.

E é exactamente neste ponto que ocorre um fenómeno laural que desconhecia até à data. A criaturinha irrompe num choro compulsivo, com ranho até ao pescoço (nham, nham...), com direito a soluços daqueles em que o bife de frango hesita entre seguir pelo canal correcto ou optar pelo do nariz.


Laura: Mas eu tenho voz!

Podem fazer tudo à minha miúda. Esquartejá-la, virá-la ao contrário, espancá-la quiça... Mas nunca, NUNCA, a mandem fazer silêncio.

Para vosso bem. Se quiserem manter o pavilhão auditivo intacto.

3 comentários:

Sara disse...

A tua Laura é um mimo de menina!!! lol

Vitor disse...

Também já tive a minha "Laurinha",que por acaso se chama Ana Margarida,mas que valeu a pena as inflamações que tive nos tímpanos...é hoje uma filha e mulher maravilhosa!

P.S.Partilha uma experiência no "outro lado"...que tive este fim de semana...vale a pena!

Bj*

Girstie disse...

E a voz é para falar :d