A hora das refeições com a Laura é sempre para morrer. A catraia fala, fala, fala e comer que é bom, fica para amanhã. As pessoas já terminaram a refeição há séculos e lá continua ela, heróica no seu posto, ainda com o prato cheio, a falar, a cantar ópera, e a tentar negociar o que fica a ganhar ranço cá fora e o que vai entrar no nobre circuito digestivo de sua alteza.
Eu e ele: Laura, agora, não podes falar, tens que comer. E só depois de teres comido tudo é que podes voltar a falar.
E é exactamente neste ponto que ocorre um fenómeno laural que desconhecia até à data. A criaturinha irrompe num choro compulsivo, com ranho até ao pescoço (nham, nham...), com direito a soluços daqueles em que o bife de frango hesita entre seguir pelo canal correcto ou optar pelo do nariz.
Laura: Mas eu tenho voz!
Podem fazer tudo à minha miúda. Esquartejá-la, virá-la ao contrário, espancá-la quiça... Mas nunca, NUNCA, a mandem fazer silêncio.
Para vosso bem. Se quiserem manter o pavilhão auditivo intacto.
Eu e ele: Laura, agora, não podes falar, tens que comer. E só depois de teres comido tudo é que podes voltar a falar.
E é exactamente neste ponto que ocorre um fenómeno laural que desconhecia até à data. A criaturinha irrompe num choro compulsivo, com ranho até ao pescoço (nham, nham...), com direito a soluços daqueles em que o bife de frango hesita entre seguir pelo canal correcto ou optar pelo do nariz.
Laura: Mas eu tenho voz!
Podem fazer tudo à minha miúda. Esquartejá-la, virá-la ao contrário, espancá-la quiça... Mas nunca, NUNCA, a mandem fazer silêncio.
Para vosso bem. Se quiserem manter o pavilhão auditivo intacto.