quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

'Tás cá para a próxima!


Uma gaja oferece uma máquina fotográfica ao seu cutchie. Uma máquina porreiríssima, com nightshot, panorâmica, detector de sorrisos, olho de peixe e, imagine-se, tripé e bolsa. E a partir desse dia todas as fotos que a gaja consegue ter são em robe, com o cabelo pior do que um ninho de ratos ou sentada na sanita, ou de perfil com a bicanca em macro.



Imagino daqui a uns anos a catraia a ver as fotos da sua infância e a encontrar a mãe sempre com aquele aspecto de chantrona, de gimbra-mor.



Vou mas é ao cabeleireiro arranjar o chinó a ver se me sinto menos sostrona.



Bom 2011.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Não escrevo desde Julho?!?!? !


Credo, já não escrevo há muito tempo...


Eu já contei aqui que mudei de cidade há cerca de dois meses? Não.

Eu já contei aqui que dei uma de gaja com eles no sítio e despedi-me do jardim zoológico e decidi que ia dar aulas novamente? Não.

Eu já contei aqui que estou fartinha que me chamem de bimba e me peçam para dizer carago? Não.

Eu já contei aqui como é bom uma gaja saber que se batesse a caçuleta hoje, ia para o outro lado feliz e contente por ter nascido? Não.

Eu já contei aqui que a Laura, em um mês e meio de aulas num sítio completamente diferente, já trocou duas vezes de chamego? Não.


Pronto, então 'tá.



quinta-feira, 15 de julho de 2010

É muito triste ser ceguinha....


É triste, mas trata-se da mais pura verdade: eu não vejo um boi à frente. Nicles. E não se trata de lentes desactualizadas, não, que ainda há um mês arrotei 90€ inteiros e completos por umas novas. Ou é isso, ou a minha bela massa encefálica carregadinha de finesse está a falecer a cada dia que passa.


Chega-me a miúda à nossa mansão sumptuosa vinda de um jantar patrocinado em casa do que a fez, e pergunta-me a minha idade. Eu inocentemente, respondo-lhe que tenho 35, e ela pergunta-me se eu não sei ver que o biquini que lhe vesti não é uma parte de baixo, mas sim uma parte de cima....


Mentalmente reconstituo o momento da manhã em que estou a vesti-la. Lembro-me que os lacinhos me parecem um pouco quinados de um dos lados, e aperto os lacinhos do outro, para compôr a fotografia. E penso para mim que a miúda tem a anca com algum problema, porque não há forma do c#$#%& do biquini assentar direito...


E pronto.... Fico com cara de parva e desfaço-me a rir. E a miúda não acha piadinha nenhuma à coisa e abre as goelas a chorar e a dizer que andou o dia todo a tirar o biquini da gaveta.


E assim se acaba a confiança de uma cria numa mãe. Agora, já nem senhora sou de cortar as unhas à catraia, porque ela diz que vejo mal e que lhe posso cortar os dedos...


quinta-feira, 1 de julho de 2010

Nunca me deixas ver nadinha, mamã!


- Laura, viste como estava aquele carro?


- Não, mamã, o que aconteceu?

- O carro bateu no carro da frente e estava com o capot todo amolgado!


A Laura estica-se para trás, torce-se toda para tentar ver qualquer coisita.


Olho de esguelha pelo espelho retrovisor. Mega tromba de elefante.


- O que foi, filha?


- Logo vais pôr no telejornal, que eu quero ver o acidente, mamã!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Agora sim!!!

(clicar na imagem para ampliar)



Eu andava triste, apagada... A minha vida parecia-me sem sentido. Eu sentia-me desmotivada, verdadeiramente amorfa... Pensava no porquê, numa explicação plausível para tal e o meu pensamento batia sempre na mesma frase:

EU NÃO TENHO UM STALKER!

Mas isso mudou. Eu, XS, tenho alguém que anseia por cada post meu, como se dele necessitasse para respirar. O meu blog tem alguém que dedica a sua vida a comentá-lo, a deixar o seu cunho pessoal, a sua opinião. Que honra, que lisonjeio, que orgulho que sinto...

Só é pena eu não perceber uma única palavrinha... Mas isso agora não interessa nada. O que realmente interessa é que o Olha que realmente tem um STALKER! VIVA! VIVA!
É da Malásia? Sim é, e depois?
Invejosos...

terça-feira, 25 de maio de 2010

Por amor de Deus...ou do papa, sei lá...




Uma gaja tenta inscrever a miúda na escola e depara-se com 1001 dificuldades:



- é a obesa da secretaria que não levanta o ceirão para dar informações;


- é a quantidade infinita de papéis com informação repetida a preencher;


- é a sanha de reunir documentos originais e fotocópias dos mesmos.



A última peripécia nesta dolorosa e penosa caminhada foi conseguir que me passassem uma famigerada declaração que atestasse que a Laura tem as vacinas todas em dia, não vai pegar difteria a ninguém e se morder não tem raiva.


A coisa começa logo por conseguir que sua realeza a telefonista me coloque em contacto com o corpo de enfermagem. Oh, tarefazinha mais rebuscada, dotada de sapiência elevada... Achei eu que carregar em 3 botões do PBX fosse canja laranja para o jarrão Ming que me atendeu o telefone. Mas não... e porque essas declarações não se passam, e porque a escola tem que aceitar o boletim como comprovativo e blá, blá, blá... Uma gaja tem que se indispor e falar grosso para conseguir chegar à fala com a enfermeira chefe substituta, contar a vidinha toda, predispor-se a elaborar uma declaração-modelo (sua excelência nunca tinha passado nenhuma...) para que lhe passem um papel que mais não é que um print da base de dados do centro de saúde, devidamente carimbado e assinado....


Valha-me Deus...Socorro... Em que estado estamos!


Chego a duas conclusões, para mal dos meus pecados:


- o mais difícil não é falar com o patrão, mas sim conseguir passar pela energúmena da secretária;

- todas as profissões deveriam ter como disciplina base de formação o Português. Parece-me essencial, não sei....

terça-feira, 4 de maio de 2010

Espelho meu, espelho meu...


Ninguém me consegue convencer que o pessoal que projecta os parques de estacionamento não está mancomunado com a classe dos mecânicos. Não vejo outra razão que explique o facto da maioria apresentar lugares que mais parecem destinados aos triciclos da ganapada!

E aqueles pilares brutais magníficos colocados estrategicamente para uma gaja destruir metade do seu bólide? Um assombro... Está uma gaja a fazer a manobra a achar que o carro vai entrar, vai entrar, vai entrar, e toma... era uma vez um espelho!


Estou mesmo a vê-los, qual corja a congeminar:


- Mete aqui o pilar, aí com 1 mt de diâmetro, que pelo menos tens 4 carros aviados por dia.


- Essa parede tem que ser mais espessa. E carrega bem nesse ângulo de curvatura. A média de colisão prevista é de 9 carros.


- Coloca-me essa rampa mais inclinada. O pessoal tem que se borrar todo para fazer ponto de embraiagem ao inserir o ticket para sair.


Por isso, sempre que saio de um parque de estacionamento com o meu carrinho ileso (que não foi o caso de hoje) estou sempre a ver onde pára o mecânico mais próximo.


Esta história é concertação entre a ordem dos arquitectos e a dos mecânicos. Ninguém me tira da cabeça.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Perdoa, querida mãezinha, este teu rebento....






Minha mãezinha querida, essência do meu ser, da próxima vez que decidires oferecer um CD à tua riqueza de neta, pede-me a opinião, por favor. Ou então, compras o dito, leva-lo para os teus aposentos reais, e coloca-lo em modo repeat umas 8759475340509 vezes. SÓ e SE conseguires terminar esta tarefa com a tua sanidade mental intacta terás autorização para fazer doações em vida de bandas sonoras com títulos tais como : O mundo da Patty - a história mais bonita.



A única explicação que me ocorre é a de eu ter sido verdadeiramente insuportável em miúda. Só pode ser isso. Que semente de vida torcida devo ter sido, para a minha mãe me castigar desta forma torpe...



Chamo requinte de vilania elevado ao seu expoente máximo ao facto do CD incluir todas as ditas músicas em versão Karaoke....



PS: E a catraia ainda me diz que o raio da caixa de óculos é linda de morrer....


segunda-feira, 19 de abril de 2010

E agora algo completamente diferente..


E quando estamos que não nos cabe um feijão no real, eis que nos telefonam a dizer-nos para relaxar o músculo, que estão a dar o litro por nós.


Priceless mesmo. Obrigada, M.


PS: Para quem veio cá à espera de um post típico da XS, hoje correu mal. Estou sentimental. Pindérica, mesmo.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Vou-te comprar uns óculos, macaca... A ver se te mancas...


Ser inscrita pela nossa chefia (o caso mais prático e gritante que conheço de burrice emocional e sensorial extrema e etc) numa formação denominada "Inteligência Emocional e Eficácia pessoal" só porque não temos um problema de costas que nos faz lamber o chão que ele pisa, é mau.

Pior ainda é ouvirmos a macaca dizer que foi inscrita pelo mesmo peixe-balão nesta formação porque está na empresa há muitos anos e de momento não há assim grande oferta de formações para inscrição.

Péssimo, quase, quase a roçar o lodo total, é a babuína referir que esta formação é óptima para reciclar conhecimentos.

Macaca, não queria ferir-te os sentimentos, mas tenho uma revelação a fazer-te:

Esta formação está para ti como o Manuel Luis Goucha está para as manhãs da TVI. Osmose total, percebeste?

Ah, e só reciclamos conhecimentos quando os possuimos, tá?

Tenho para mim que andas a comer umas bananas estragadas... Ou isso ou andas a dar-lhe forte no vinho tinto de pacote.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Oh, valha-me Deus....


A hora das refeições com a Laura é sempre para morrer. A catraia fala, fala, fala e comer que é bom, fica para amanhã. As pessoas já terminaram a refeição há séculos e lá continua ela, heróica no seu posto, ainda com o prato cheio, a falar, a cantar ópera, e a tentar negociar o que fica a ganhar ranço cá fora e o que vai entrar no nobre circuito digestivo de sua alteza.

Eu e ele: Laura, agora, não podes falar, tens que comer. E só depois de teres comido tudo é que podes voltar a falar.

E é exactamente neste ponto que ocorre um fenómeno laural que desconhecia até à data. A criaturinha irrompe num choro compulsivo, com ranho até ao pescoço (nham, nham...), com direito a soluços daqueles em que o bife de frango hesita entre seguir pelo canal correcto ou optar pelo do nariz.


Laura: Mas eu tenho voz!

Podem fazer tudo à minha miúda. Esquartejá-la, virá-la ao contrário, espancá-la quiça... Mas nunca, NUNCA, a mandem fazer silêncio.

Para vosso bem. Se quiserem manter o pavilhão auditivo intacto.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Trata de alma, trata, porque o corpo já era...


Alguém se importa de me informar como se retira o ornamento de avestruz que se encontra no vidro do meu carro?

PS: Gostava de evitar a espátula...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Barato o c%#%#!!!!


E é assim que se aprendem lições de vida. Quem me manda a mim ir armada em D. Branca, a banqueira do povo, às compras?

Vou eu fazer as comprinhas da semana, a dizer para mim própria que desta vez ia levar tudo, mas tudo, de marca branca, que a vida está cara, e blá, blá, blá, e que o mês, embora seja mais curto do que os outros, está é a esticar-se para caraças este ano e tenho que poupar. E vai de levar iogurtes da marca do hiper, toalhitas da marca do hiper, fiambre e queijo da marca do hiper, papel higiénico da marca do hiper e ...

PÁRA TUDO! Ora aqui está coisinha que não se pode deixar de comprar de qualidade. Provavelmente só quem passou pela experiência magnífica de se limpar a um ouriço cacheiro sabe do que estou a falar. A coisa é mais custosa do que uma lixa, isso eu posso garantir. E não se resume apenas ao acto da higiene, propriamente dito. A sensação de que fomos depilados 700 vezes com cera no mesmo sítio perdura eternamente, ou antes, até à próxima descarga intestinal (delgadal, ou grossal...), em que se está naqueles 5 cinco segundos após, a pensar: "Ufa, já está", e nos lembramos no 6º segundo seguinte que chegou a hora da rebarbadeira entrar em acção novamente. Mas quem foi o fabricante que achou que nasciam calos a alguém em sítios destes????

Portanto, conselho bom e de borla: não se compra papel higiénico de marcas brancas, tá? Tá.

Sou mais que vossa mãe.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Ordinarona...

Há frases que proferimos na nossa ingenuidade que resultam terrivelmente, depois de ouvirmos a resposta do interlocutor a quem as dirigimos. Exemplo:
Eu: Comia esta menina... as costelinhas, os bracinhos..
Laura: Então come-me toda!
E eu mandei-a falar baixo. Se alguém ouvia, era muito capaz de ter a Protecção de Menores à porta em 10 minutos....
PS: Este palavreado tem que mudar. Se a ouço a proferir esta frase nem que seja daqui a 20 anos, desfaço-a de pancada!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Foi h]a 6 anos e 9 meses...


Aviso> O meu teclado est]a como se pode ver> desconfigurado. Quem se conseguir safar e perceber o post, parab]ens, pode considerar/se um ser superior e distinto.



Hoje a Laura faz 6 anos. Como n\ao podia deixar de ser, h]a dias que ando a cogitar na prenda a oferecer. ]E que isto de fazer anos perto do Natal arrasa com uma gaja, pois as id]eias esgotam/se todas por volta de fins de Novembro... Mas confesso que este ano a escolha esteve, at]e, facilitada. E tudo }a conta do dia em que o Azeit\ao se finou. Passo a explicar.



H]a algum tempo que a Laura me andava a pedir um animal de estima;\ao _ um gato, um c\ao, qualquer coisa que se mexesse sem necessitar de pilhas. Ora como a minha experiencia com o casal maravilha de agapones foi literalmente para esquecer, tentei logo demover a minha cria das op;\oes apresentadas, pois estava j]a a ver/me de ceir\ao para o ar a apanhar pelos todos os dias... E a mi]uda n\ao tem mais nada> apanhou um caracol na rua, ao qual resolvemos posteriormente chamar Azeit\ao, e trouxe/o para o nosso lar. Sim, para a nossa rica casinha... E eu fui obrigada a engolir em seco e a trat]a/lo como um pequeno rebento, um pequeno beb]e, semente de vida acabada de plantar... E, eu sem sequer saber o que o desgra;ado comia, l]a punha uma folhita de alface e migalhas de p\ao, para ver se o gajo vingava, dentro da caixinha de cartao, bercinho mais lindo....



Como ]e obvio, o miser]avel durou uma semana. Esganadinho de fome, suponho, bateu a bota, finou/se. E a mi]uda, coitada, l]a se conformou _ o infeliz tinha ido desta para melhor, e la] estava ela sozinha no mundo outra vez, a ter que lutar contra o universo sem companhia...



Hoje resolveu/se, ent\ao, esta desgra;a. Compraram/se duas tartarugas deliciosas, que se Deus quiser (e rezo para que n\ao queira) crescer\ao at]e aos 30cm. A ver se a catraia as defaz antes disso....



PS> isto do teclado est]a agreste, est]a.... Mas o dia era especial de corrida!